3º Encontro Anual do Diálogo Digital Brasil-Alemanha elenca áreas prioritárias de cooperação entre ambos os países

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério Federal de Assuntos Digitais e Transporte (BMDV) da Alemanha promoveram, nesta quinta-feira (14), em Brasília (DF), o 3º Encontro Anual do Diálogo Digital Brasil-Alemanha.  O evento, que ocorreu de forma híbrida, reuniu representantes governamentais de alto nível, especialistas técnicos e representantes do setor privado de ambos os países para elencar e fortalecer áreas prioritárias de cooperação, além de avaliar progressos para implementação do Plano de Trabalho bianual.

“Há grande interesse do MCTI em aprofundar o Diálogo Digital Brasil-Alemanha e desenvolver iniciativas estruturantes conjuntas em torno de algumas pautas prioritárias, como formação e capacitação de recursos humanos, inteligência artificial, computação quântica, semicondutores e segurança cibernética”, afirmou o secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, na abertura do evento. “A Alemanha, parceiro histórico do Brasil, pode contribuir nesse momento em que os desafios globais exigem respostas rápidas e, ao mesmo tempo, mais sustentáveis”, completou.

Em sua fala, o secretário Henrique Miguel lembrou ainda de ações recentes ocorridas no Brasil que corroboram para um cenário favorável de cooperação. Entre elas, a aprovação do novo arcabouço fiscal, que permitirá ao Brasil retomar agenda estratégica de investimentos mais estruturantes, sob bases fiscais mais sólidas, e a expectativa da aprovação da reforma tributária, que irá simplificar impostos e reduzir carga fiscal.  Em relação ao MCTI, salientou a liberação de recursos do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia (FNDCT) e a elaboração da Estratégia Nacional de Ciência e Tecnologia (ENCTI).

Já o secretário de Estado do BMDV, Stefan Schnorr, ressaltou a importância de incluir na pauta não apenas órgãos governamentais, como também empresas e sociedade e salientou a importância de fortalecer a cooperação entre ambos os países e na União Europeia como um todo. “Vamos trabalhar em conjunto para mover Brasil e Alemanha na direção do futuro. O que acordamos aqui nesse Diálogo não diz respeito apenas a cooperação entre os dois países. Nossa posição conjunta pode ser apresentada em Fóruns Internacionais”, avaliou.

Cooperações

Ao longo da manhã os participantes trocaram experiência e elencaram desafios e oportunidades conjuntas nas áreas de: Estratégia Digital Internacional, Saúde Digital, Espaços Digitais, Semicondutores e política industrial.

O secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação, Rogério Mascarenhas, apresentou iniciativas do governo, como a carteira de identidade física e digital, e abordou desafios a serem enfrentados em relação a questões de privacidade e segurança cibernética.

Já a secretária de Saúde Digital do Ministério da Saúde falou sobre o lançamento do SUS Digital. Stefan Schnorr enalteceu as iniciativas. “A digitalização do SUS é um desafio, mas precisamos de iniciativas conjuntas, vimos que a pandemia só pode ser bem combatida com integração de dados mundiais”

O secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do Itamaraty, o embaixador brasileiro Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto, lembrou que o Brasil colocará na pauta do G20 assuntos como o uso progressivo de novas tecnologias, Inteligência Artificial, tecnologias quânticas, hiatos digitais e estruturas de mercado, entre outros.

Além disso, o embaixador do Brasil na Alemanha, Roberto Jaguaribe, ressaltou a importância do Diálogo Digital na pauta das Consultas Intergovernamentais, a ocorrer em dezembro, em Berlim.

Sessão Plenária

O evento contou também com uma sessão plenária e participação do setor privado. Na ocasião, os presentes debateram temas como governança da internet e políticas relativas à data, tecnologias emergentes e políticas para a Inteligência Artificial (IA), além de computação e tecnologia quântica.

Sobre tecnologias emergentes, o professor Urs Gasser, da Technical University of Munich destacou que a Academia é colaborador chave a curto e longo prazo, por ser espaço de expertise e da próxima geração de líderes. Em relação à cooperação entre ambos os países nessa área, sugeriu propostas que abarcam aspecto regulatório, de capacidade e treinamento além do desenvolvimento de um rápido time de resposta pronto a responder às novas demandas e desafios de políticas públicas que surgem com as novas tecnologias.

 

Fonte: MCTI

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