Os desafios envolvendo regulação e inovação tecnológica

Um dos principais desafios é que, devido à velocidade com que a tecnologia avança, muitas vezes o objeto da regulação, bem como seus potenciais usos e consequências, são pouco conhecidos

A grande repercussão do lançamento do ChatGPT, ferramenta digital capaz de interagir com os usuários e criar textos, reacendeu em todo o mundo o debate sobre o uso de inteligência artificial (IA). Especialistas das mais diversas áreas, acadêmicos e governos têm discutido sobre os potenciais impactos econômicos e sociais decorrentes dos avanços e da crescente aplicação da inteligência artificial, bem como sobre formas de evitar o mau uso dessas ferramentas.

Nesse sentido, o Congresso brasileiro anunciou, no início de fevereiro, a intenção de regular o uso de IA no país. A proposta apresentada define graus de risco para sistemas de inteligência artificial, além de estabelecer regras e a possibilidade de sanções a fornecedores e operadores de sistemas de risco mais elevado (como, por exemplo, carros automáticos). Aqueles considerados de risco excessivo, o que inclui sistemas para ranqueamento social como o utilizado na China, são proibidos. O texto também estabelece o direito de pessoas a questionar judicialmente decisões de empresas tomadas com base em IA e a exigir intervenção humana.

Um dos principais desafios de se regular não apenas a inteligência artificial, mas inovações tecnológicas de uma forma geral é que, devido à velocidade com que a tecnologia avança, muitas vezes o objeto da regulação, bem como seus potenciais usos e consequências, são pouco conhecidos.

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