SIRENE Organizacionais é apresentado durante evento que abordou a qualidade das informações dos inventários organizacionais

Debate técnico organizado pela Cetesb e que contou com apoio do MCTI apresentou informações e orientações sobre aprimoramento na elaboração dos relatos de emissões de gases de efeito estufa.

A plataforma SIRENE Organizacionais foi apresentada nesta terça-feira (26) durante evento on line que debateu como melhorar a qualidade das informações dos inventários organizacionais de gases de efeito estufa (GEE). Também foram abordadas as sinergias entre as diferentes plataformas e iniciativas existentes no Brasil sobre o assunto. O encontro foi organizado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e contou com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A coordenadora técnica do projeto da Quinta Comunicação Nacional e Relatórios Bienais de Transparência do Brasil à Convenção do Clima – projeto executado pelo MCTI e que tem entre as atribuições a elaboração do Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa -, Renata Grisoli, destacou a relevância da qualidade das informações. O aspecto é fundamental para obter comparabilidade nos resultados e também na disponibilização de subsídios para a tomada de decisão. “Isso garante consistência, confiabilidade e a possibilidade de subsidiar as políticas públicas”, afirmou. Neste sentido, um dos critérios para submeter relatórios organizacionais na plataforma SIRENE Organizacionais será a de verificação por terceira parte.

Grisoli efetuou uma navegação guiada na plataforma, detalhando o preenchimento do formulário, entre outros aspectos da plataforma. Segundo ela, é esperado que os dados históricos de emissão de GEE das organizações comecem a ser recebidos ainda neste semestre. A medida contribuirá com o aprimoramento da ferramenta.  A equipe técnica do SIRENE Organizacionais também já estuda sinergias com outras iniciativas para integrar ou compartilhar as bases de dados. “Do ponto de vista do SIRENE não se trata de substituir as iniciativas, mas de complementar”, analisou. Entes subnacionais que ainda não dispõem de ferramentas semelhantes para receber e acompanhar os relatos das organizações poderiam utilizar o SIRENE como solução.

A perspectiva é de que a plataforma inicie o recebimento dos relatos organizacionais dentro do ciclo anual no fim do segundo semestre de 2024. Por meio de um Acordo de Cooperação Técnica, CNI e MCTI organizam capacitações neste ano para utilização da plataforma.

A coordenadora afirmou ainda que o SIRENE Organizacionais está completamente alinhado com as discussões do momento envolvendo mercado de carbono e é uma oportunidade de as organizações avançarem na curva de aprendizado para construir competências nos processos de elaboração e submissão dos relatórios.

Na avaliação da gerente do departamento de Sustentabilidade, da diretoria de Gestão Corporativa da Cetesb, Maria Fernanda Pelizzon, o principal objetivo do evento foi qualificar as informações para que os participantes possam saber onde e como encontrar guias e apoio para aprimorar a elaboração dos relatórios. “Nosso principal objetivo foi qualificar as informações. Monitoramento é o primeiro passo para reduzir emissões”, afirmou. “Quer-se gerar sinergias e não duplicidade”, sobre as diferentes plataformas.

A Cetesb apresentou as inconsistências mais comuns apresentadas nos relatórios que são submetidos ao órgão e as implicações. Entre os exemplos estão a falta ou erros na inserção da memória de cálculo, que permite rastrear os cálculos e auxilia na verificação do inventário, e o relato de gases que estão geridos em outros protocolos específicos.

Sobre o SIRENE Organizacionais – O SIRENE Organizacionais faz parte do Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE), que é o sistema oficial do governo brasileiro para disponibilizar informações sobre as emissões de GEE do Brasil.  A ferramenta foi desenvolvida com a finalidade de dar visibilidade e transparência, ampliando o Sistema de Mensuração, Relato e Verificação (MRV) nacional e considerando a experiência das iniciativas brasileiras já existentes.

Fonte: MCTI

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